Manifesto em apoio ao presidente Lula

Mais uma vez o povo brasileiro visualiza a história caminhando a sua revelia, passando ao lado e sem lhe fazer menção. A democracia no Brasil nunca será afinal um quadro harmônico de François-René Moreau com o povo se abraçando comemorando a grandiosidade da pátria. A história desta nação é perversa e como toda narrativa sobeja é escrita pelas classes dominantes.
Hoje a democracia, se é que vivemos esse conceito, sofreu seu mais duro golpe quando um ex-presidente da república tem sua sentença condenatória confirmada, mesmo quando são nítidas as disparidades entre a denúncia oferecida pelo Ministério Público Federal e a condenação escrita pelo inquisidor de Curitiba. Num voto aberrante de mais 400 páginas digno do Auto da Devassa há a autorização para se instalar o patíbulo, limpar o pescoço (contando as vértebras cervicais), chamar o padre, rezar o padre nosso e colocar o presidente na mão do carrasco que o levará a forca. Está feito. Não há mais volta. 
Não houve fato concreto, não houve prova robusta, houve a vontade. A vontade de vingança contra a mudança. Contra o início do que seria uma justiça social. Houve uma vingança contra a minoria que atingiu locais que jamais deveria alçar. Isso é uma ameaça para quem domina. A elite, porém, deve se atentar a história e ler Macbeth do Shakespeare. Na literatura há uma importante lição: "Nada se ganha, tudo se perde, quando se conquista sem contentamento". Eles destruíram os trabalhadores, estão ao passo de destruir a previdência, tentam destruir um futuro presidente, o que falta a eles?
A história cobrará caro desses senhores que fecham os olhos para o Estado de Direito. Um dia, que isso nunca aconteça nem aos piores inimigos, pode faltar Estado Democrático de Direito para todos. Será tarde demais para justificativas e lamentações. 
Digo hoje aos músicos que começaram o seu trabalho em agosto de 2016, podem concluir o réquiem da democracia. Em pouco tempo estaremos reduzidos a música fúnebre e elegias à essa. Parafraseando o filósofo Nietzsche, a "Democracia está Morta", assim falou Gebran Neto. 
Cabe ressaltar, não obstante, que a morte da democracia não é um convite a aceitar o modus operandi brasileiro, é um convite a luta. Lutar enquanto o último homem estiver de pé. Enquanto o último poema tiver verso e o último brasileiro possuir voz. É preciso lutar e unirmos em uma causa comum, a causa da democracia que em vários do seus pontos se une a história do presidente Lula. Lutando por Lula, lutamos pelo povo. Lutamos pela nação. A luta contra o imperialismo não começou hoje e nem hoje finda. 


Josué da Silva Brito, 
um militante da finada democracia. 

Comentários

  1. "A elite, porém, deve se atentar a história e ler Macbeth do Shakespeare. Na literatura há uma importante lição: "Nada se ganha, tudo se perde, quando se conquista sem contentamento". Eles destruíram os trabalhadores, estão ao passo de destruir a previdência, tentam destruir um futuro presidente, o que falta a eles?" Amigo Escritor E Grande Poeta: Lamentável Esse Ocorrido De Hoje. Eles Poderão Calar-Nos Hoje. Amanhã.. Fevereiro Março Abril Maio Junho Julho Agosto Setembro... Ah, Mas E Quanto à Outubro Amigo? Calemos Nossos Votos E Ergamos Os Panos Vermelhos Novamente! A Desfraldar Liberdade e Verdade NAS URNAS e Não Perdoaremos Jamais o Que Estão Fazendo Com o Lula! Receba meus cumprimentos e meu abraço afetuoso, de profunda admiração ao seu Talento Político !!! Luiza

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  2. Josué assino embaixo de seu texto fazendo minhas estas suas palavras.
    Luiza, tentei por décadas ser otimista, mas não consegui. E descobri que nosso voto não vale nada. Em Ipatinga, por exemplo, que tem "espaço" para dezenove vereadores o sétimo mais votado não foi eleito devido às leis eleitoreiras, digo, eleitorais. A Constituição foi vilipendiada e a Presidente foi destituída.

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